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2024: Um Ano Decisivo para a Crise Climática

Fundo Cali - Cop16

O ano de 2024 destacou-se como um marco climático, marcado por eventos extremos e debates acirrados. Embora as temperaturas recordes tenham exposto à urgência da ação climática, avanços significativos na regulamentação de emissões, energias renováveis e conservação trouxeram um vislumbre de esperança. Vamos explorar os destaques que moldaram 2024 e suas implicações para o futuro.

O Mercado Global de Carbono: Um Avanço Importante

Finalmente, em 2024, o mercado global de carbono ganhou regulamentação clara durante a COP29, em Baku. Esse mecanismo, concebido na ECO-92 no Rio de Janeiro, precisou de décadas para se tornar realidade. Agora, empresas e países podem negociar créditos de carbono com segurança, promovendo a redução de emissões de gases do efeito estufa.

Além disso, a aprovação do marco regulatório para o mercado de carbono nacional no Brasil fortaleceu a iniciativa global. Ambos os marcos têm potencial para financiar projetos verdes em larga escala, mas especialistas alertam que essas ferramentas devem complementar outras ações climáticas, e não substituí-las.

A Revolução das Energias Renováveis na crise climática

O progresso em energias renováveis em 2024 foi impressionante. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), fontes renováveis podem atender metade da demanda global de eletricidade até 2030. A energia solar lidera esse crescimento, representando 80% da expansão projetada para a década.

Notavelmente, o Brasil manteve protagonismo global, com 91% da nova capacidade energética instalada no ano proveniente de fontes limpas, como energia solar e eólica. Simbolicamente, o Reino Unido encerrou sua última usina de carvão, destacando o declínio do uso de combustíveis fósseis. Esses avanços reforçam que a transição energética é possível e necessária para enfrentar a crise climática.

O Fundo Cali e a Biodiversidade

Apesar das dificuldades na COP16, a aprovação do Fundo Cali marcou um passo positivo na luta pela preservação da biodiversidade. Esse mecanismo exige que indústrias que utilizam informações genéticas da natureza contribuam financeiramente para a conservação. O fundo destina 50% dos recursos arrecadados para comunidades indígenas, reconhecendo seu papel vital como guardiãs do meio ambiente.

Esse avanço demonstra a importância de conectar justiça social e sustentabilidade ambiental. No entanto, o financiamento ainda é insuficiente diante da escala da perda de biodiversidade global. Para avançar, será necessário maior engajamento das nações e setores privados.

A Década do Oceano: Progresso em Águas Profundas

2024 consolidou o papel essencial dos oceanos no combate à crise climática. A Conferência Década do Oceano promoveu debates sobre conservação marítima, resultando na Declaração de Ação Rio, um roteiro para mobilizar recursos e fortalecer parcerias globais.

Além disso, a cobertura global de Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) chegou a 8% dos oceanos, enquanto projetos de restauração de corais no Pacífico e no Caribe apresentaram sinais promissores. Paralelamente, o avanço das negociações do Tratado Global contra os Plásticos apontou para possíveis proibições de produtos descartáveis e materiais difíceis de reciclar até 2030.

Desafios e Oportunidades para 2025

Embora 2024 tenha mostrado progresso, os desafios continuam enormes. As emissões de carbono bateram recordes e a ONU alertou que as políticas públicas atuais colocam o mundo no caminho de um aquecimento acima de 3ºC. A meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC exigirá esforços muito mais ambiciosos e investimentos em larga escala.

Ao mesmo tempo, iniciativas como o mercado de carbono, a expansão das renováveis e o Fundo Cali provam que soluções para a crise climática existem e podem ser ampliadas. O desafio é transformar essas iniciativas em uma mudança estrutural e global.

Crise Climática: Um Chamado à Ação

O ano de 2024 revelou que, apesar das adversidades, há espaço para avanços significativos no combate à crise climática. A regulamentação do mercado de carbono, a expansão das energias renováveis e a criação de mecanismos como o Fundo Cali são lembretes de que a cooperação internacional e o compromisso coletivo podem gerar mudanças reais.

No entanto, é imperativo que governos, empresas e cidadãos intensifiquem seus esforços em 2025. Somente com ações coordenadas e audaciosas será possível enfrentar os desafios da emergência climática e preservar um futuro habitável para as próximas gerações.

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