Nanoplásticos: Riscos Ocultos para a Saúde e o Meio Ambiente

Primeiramente, os nanoplásticos são partículas de plástico minúsculas, com tamanho entre 1 e 1000 nanômetros, ainda menores do que os microplásticos. Essas diminutas partículas são formadas involuntariamente durante a fabricação e degradação de objetos plásticos. Para se ter uma ideia da escala, uma célula de alga pode ser até mil vezes maior do que um nanoplástico. Sendo assim, essas partículas apresentam riscos significativos para o meio ambiente e para a saúde humana, merecendo nossa atenção e compreensão.

Processos de fabricação e degradação

Os nanoplásticos são resultados de processos físicos e químicos que ocorrem durante a fabricação e degradação de objetos de plástico. Dessa forma, a radiação ultravioleta, a ação mecânica e a hidrólise desempenham um papel fundamental na quebra e disponibilização dos plásticos em partículas menores para os micro-organismos. Ou seja, essa degradação pode ocorrer tanto em ambientes naturais quanto em ambientes urbanos.

Danos em plantas, animais marinhos e humanos

Diversos estudos apontam os danos causados por essas partículas em plantas, animais marinhos e até mesmo em seres humanos. Essas partículas podem contaminar o solo, rios e oceanos, afetando a vida selvagem e o equilíbrio ecológico. Animais marinhos podem sofrer com o emaranhamento das partículas em suas nadadeiras, bicos e órgãos internos, levando a ferimentos graves e até mesmo à morte. Sendo assim, no caso humano, a contaminação por nanoplásticos pode ocorrer por vias aéreas, contato com produtos de uso pessoal, consumo de alimentos e água, resultando em danos diretos ou indiretos na homeostase do organismo.

Vias de contaminação e efeitos na homeostase

Os nanoplásticos absorvem compostos tóxicos, como hidrocarbonetos e metais pesados, e organismos vivos os incorporam, atravessando as barreiras imunológicas. Essa capacidade de penetração leva a danos nos órgãos, tecidos e células, ocasionando efeitos tóxicos ou letais. A contaminação humana ocorre principalmente por vias aéreas, através da inalação de partículas presentes no ar, por contato com produtos que contêm nanoplásticos e pelo consumo de alimentos e água contaminados. Essa contaminação compromete a homeostase do organismo, podendo resultar em problemas de saúde a curto e longo prazo.

O conhecimento sobre essas partículas é essencial para compreendermos os riscos que essas minúsculas partículas representam para o meio ambiente e para a saúde humana. A contaminação ocorre de diversas formas, e seus efeitos na homeostase do organismo são preocupantes.

Estudo sobre a transformação de plásticos em nanoplásticos por crustáceos no meio aquático

Um estudo recente realizado por cientistas revelou um processo surpreendente no meio aquático: a transformação de plásticos em nanoplásticos por meio da ação de crustáceos. Esses pequenos organismos atuam como decompositores dos plásticos encontrados nos oceanos, fragmentando-os em partículas ainda menores.

Segundo a pesquisa, o processo de transformação de plásticos em nanoplásticos ocorre de forma rápida, levando apenas quatro dias para ocorrer. Essa descoberta é preocupante, uma vez que favorece a rápida disseminação de nanoplásticos no meio aquático e aumenta ainda mais a presença dessas partículas em ecossistemas marinhos sensíveis.

O caminho dos nanoplásticos no ambiente

A liberação de nanoplásticos pode ocorrer até durante a lavagem de roupas compostas por fibras têxteis sintéticas. Durante a lavagem, o atrito e a ação mecânica liberam nanoplásticos dos tecidos, contaminando as águas residuais. Dessa forma, essas partículas são transportadas para rios, mares e corpos d’água, ampliando a contaminação e disseminação no ambiente aquático.

Além disso, os nanoplásticos também podem ser dispersos no ar por meio do atrito ou movimentação do corpo. Roupas compostas por fibras têxteis sintéticas liberam pequenas partículas de nanoplásticos à medida que entram em contato e se friccionam entre si ou com a pele humana. Essas partículas podem se tornar aerossóis e permanecer suspensas no ar por longos períodos, sendo inaladas pelos seres humanos e outros organismos vivos.

Os nanoplásticos apresentam uma notável capacidade de proliferação pelo ar. Devido ao seu tamanho reduzido, o vento pode transportá-los facilmente como aerossóis, levando-os a áreas distantes de sua origem. Além disso, as partículas de nanoplásticos podem ser carregadas pelas ondas do mar, contribuindo para disseminá-las em ecossistemas costeiros e regiões remotas.

Um estudo recente investigou a presença de nanoplásticos em amostras de neve coletadas em regiões remotas. Assim sendo, torna-se indispensável o desenvolvimento de estratégias para reduzir a geração e disseminação de nanoplásticos.

Conclusão

Diante de todos esses riscos, é essencial compreender o caminho dessas partículas no ambiente. A liberação de nanoplásticos durante a lavagem de roupas e sua dispersão no ar destacam a importância de adotar práticas sustentáveis na indústria têxtil e na rotina diária. Além disso, a capacidade de proliferação dessas partículas pelo ar e sua presença em regiões remotas enfatizam a necessidade de uma abordagem global na redução do uso de plásticos e no estabelecimento de políticas de gestão adequadas.


Portanto, é essencial que se desenvolvam estratégias para reduzir a geração e disseminação de nanoplásticos, incentivando a reciclagem eficiente e, além disso, adotando materiais alternativos. A conscientização da população sobre os impactos dos nanoplásticos e a participação ativa na redução do consumo de plásticos são passos cruciais para mitigar os danos ao meio ambiente e à saúde humana.

Em suma, a compreensão dos riscos associados aos nanoplásticos e a implementação de soluções sustentáveis são essenciais para preservar o equilíbrio dos ecossistemas, garantir a saúde do planeta e assegurar um futuro mais saudável para as gerações futuras. Para saber mais sobre esse e outros assuntos ligados a reciclagem e meio ambiente, acesse nosso blog.

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